terça-feira, 24 de março de 2009

Já eram três da tarde acho que estávamos recompostos, se posso dizer assim, já não se parece mais domingo, eles costumavam ser mais especiais, um almoço especial e não essa comida de um buteco sujo no centro da cidade, saímos pra almoçar, ela estava bem, sentia-me contente por a ter, por poder pensar que não estava só, não trocamos muitas palavras durante o percurso, ela sabia que eu odiava quando ela passava dos limites, seus olhos azuis não brilham mais como brilhavam quando a conheci, eu podia ver o infinito, eu podia ver mais do que podia imaginar, eu costumava ter um toque sensível, ela ainda gosta de ouvir minha voz, com toda a suavidade que tem a chuva ao molhar o solo sedento, nós formulamos o infinito, e trouxemos a tona tudo que havíamos guardado no mais profundo interior de nós mesmos, mas quando o as noticias já não são boas nos escondemos como ratos, fugimos, onde pretendíamos chegar eu já nem sei, sempre amei historia, mas no fundo acho que pouco aprendi, como se sentir quando olhamos para trás e vemos todos nosso erros todo nossa ambição dançando, o passado as vezes parece tão recente, todas as construções uma dia caem, não existe revolução, será que algum dia os heróis se perguntaram o porque, porque lutar contra algo que não se pode vencer, fé? Provavelmente, mas fé é algo que perdi a muito tempo, você já se questionou o porque acreditar em algo que existe apenas se você quiser que exista?

sábado, 21 de março de 2009

Ela acorda, esta bem a dou um café, um banho nada como um banho, seu corpo tão belo você sempre foi tão bela, seu sorriso me faz chorar, nunca escondi minhas lagrimas, ainda tenho em minha mente o dia em que te conheci, era final de outono, aquele ano fez muito frio, quando me aproximei de você senti um vento gelado envolver meu corpo, acho que qualquer um poderia sentir que não era apenas mais uma simples tarde de sábado. Conversamos até anoitecer, você me contou tantas frustrações, tantos sonhos, como poderia eu não me apaixonar, eu pude sentir em você um pequeno coração amedrontado, isso me encantou, sempre toda aquela maldita confusão me encantou. Acho que procurávamos um no outro aquilo que nunca fomos, você sempre fumou muito, eu queria ser como você, eu queria brilhar mais antes de explodir, é uma coisa terrível morrer de sede em meio ao mar. E realmente necessário que se ponha tanto sal na vossa verdade a ponto de torna-la incapaz de satisfazer sua sede? Somos os culpados, fracassados, eu devia me odiar, isso não era o que você queria, você buscava paz, nunca houve luz em mim, ódio, não sei ainda não me culpo, você esta junto de mim talvez seria pior se estivesse longe. Você está bem, algumas marcas em seu punho, acho que antes não haviam marcas....

quarta-feira, 18 de março de 2009

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Pensei que ela houvesse ido embora, mas ainda estava Lá, no banheiro adormeceu no chão, não me lembro a ultima vez que a vi aquele noite, na verdade não me lembro de muita coisa que se passou naquela festa, verdade o que é isto, o quão forte éramos, mas o Ser verdadeiro mostrasse quando talento Declina, quando deixa de mostrar o quanto pode. O talento também é um adorno e um adorno também serve para se esconder. Onde se esconder quando o próprio veneno cai em sua corrente sanguínea? Ela confiava em mim, o que eu fiz? Não não fui eu ela buscou tudo com suas próprias mãos, logo acordará, o que esperava quando fugiu de seu lar, liberdade, ah sim me lembro, nós nunca morreremos, nunca mais diremos sim quando na verdade é não, ó ela de novo a verdade, quando não dita se torna veneno, sua respiração esta ofegante, mas esta dormindo, apanho-a em meu braço e levo-la para a cama, logo estará bem.Não foi difícil limpar a casa, mesmo com minha cabeça doendo, mas nada demais, nunca nada é demais.

terça-feira, 17 de março de 2009

Continuação

A idade avança, a escuridão se aproxima, ainda há tempo de dizer fodas a eles e não a você mesmo, mas se sentir deprimido é legal, sempre tem alguém escutando, sempre haverá um tolo a te esperar, quantos já se foram, brincando de revolução, hahahahaha mas a bebida acabou, voltamos amanhã, mentes tão vazias quanto fúteis, quantos você magoou hoje? Não importa eu também derramei lágrimas, malditos vermes, todos, eu sou o melhor eu sei quando parar eu sempre tive o controle, mas agora estou cansado, agora estou com medo,agora não quero que me vejas chorar, conversamos depois, ... Odeie todos e os vermes se colocarão em seu lugar, mas você não consegue se ver, estamos cegos, o sol nos faz mal, acostumamos a fugir, não, não , você não esta entendendo, não é culpa minha, todos me abandonaram, e não tenho pra onde ir, eu quero explodir, eles são bons é neles que me inspiro, sempre melhores, o tempo esta mudando, eu esperarei você mas venha rápido, tenho medo do escuro, tenho medo de estar só, só mais um cigarro......

sexta-feira, 13 de março de 2009

O silêncio

O silencio, as luzes se apagaram é hora de recomeçar, não fechar os olhos como toda vez, não mais fugir, sem álcool sem nada , nada, é a hora de escutar as vozes em sua cabeça, elas gritam sempre gritaram, e não há mais nada pra abafá-las, a música alta já não basta, agora você quer o silencio, a festa acabou, restos de vômito no sofá, todos foram embora, você esta só novamente, seus fantasmas voltaram, você deveria ter enfrentado-os quando ainda podia, é só mais uma dor de cabeça, só mais um dia em que seus olhos inchados deixam as lagrimas derramarem, logo tudo voltará ao normal, você nunca se importou, você sempre foi o melhor, as mãos sangrando, apenas garrafas quebradas, foi divertido, todas aquelas amáveis pessoas, todos aqueles rostos perfeitos, ah sim você é aquela que todos desejam, a fumaça... toda a sala... quantos maços você fumou? Quanto tempo se passou? Você ainda se lembra? A ultima vez em que sorriu? A ultima vez em que fez sentido? Em que a inocência ainda era sua amiga? A palavra liberdade significa mais pra você, mudar o mundo igualdade, era tudo tão belo, quando foi que te disseram que você era apenas mais um fracassado? As sombras tomam a casa, amanha será melhor amanha terá mais festas, e as vozes não lhe pertubaram, não mais lhe perguntarão que tipo de verme você se tornou.