terça-feira, 24 de março de 2009

Já eram três da tarde acho que estávamos recompostos, se posso dizer assim, já não se parece mais domingo, eles costumavam ser mais especiais, um almoço especial e não essa comida de um buteco sujo no centro da cidade, saímos pra almoçar, ela estava bem, sentia-me contente por a ter, por poder pensar que não estava só, não trocamos muitas palavras durante o percurso, ela sabia que eu odiava quando ela passava dos limites, seus olhos azuis não brilham mais como brilhavam quando a conheci, eu podia ver o infinito, eu podia ver mais do que podia imaginar, eu costumava ter um toque sensível, ela ainda gosta de ouvir minha voz, com toda a suavidade que tem a chuva ao molhar o solo sedento, nós formulamos o infinito, e trouxemos a tona tudo que havíamos guardado no mais profundo interior de nós mesmos, mas quando o as noticias já não são boas nos escondemos como ratos, fugimos, onde pretendíamos chegar eu já nem sei, sempre amei historia, mas no fundo acho que pouco aprendi, como se sentir quando olhamos para trás e vemos todos nosso erros todo nossa ambição dançando, o passado as vezes parece tão recente, todas as construções uma dia caem, não existe revolução, será que algum dia os heróis se perguntaram o porque, porque lutar contra algo que não se pode vencer, fé? Provavelmente, mas fé é algo que perdi a muito tempo, você já se questionou o porque acreditar em algo que existe apenas se você quiser que exista?

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