terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Estas não são as cores que pintei, não são as ruas em que caminhei,estas não são minhas palavras e nem sequer a minha voz, estes não são os olhos com os quais enxerguei,são apenas fragmentos das noites em claro, de vidas sem sonhos, dos dias que sempre nos torna iguais.

sábado, 2 de junho de 2012

Talvez a pior batalha que se pode travar é a batalha contra você mesmo, sua razão contra seus sentimentos,ela não tem hora marcada, não tem dia nem planos para quando acontecer, ela ocorre minuto após minuto, hora após hora, dia após dia. E é uma batalha em que não há vencedores, se a razão ganha, estarás condenado à solidão, se o coração ganha, estarás condenado a dor.

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Existe hoje uma clara inversão de valores em nossa sociedade, sempre defendi a ideia do abandono de alguns hábitos, costumes e pensamentos culturais, mas o que observo é uma total desmoralização da ética, em várias esferas. Já existe a que, infelizmente, parece enraizada em nosso país que é a politica de interesses pessoais, o que tem de pessoas, agora, querendo se passar por bons cidadãos, envolvidas com os problemas sociais, ativismo em alta, o estranho é que em quatro anos ninguém se manifestou em causa alguma a não ser as suas próprias, outros fazendo criticas a toda à politica em vigor ( que realmente está muito áquem do que deve ser), como se acompanhassem a vida politica e lutasse por justiça e clareza, mas novamente a velha história de apenas se promover como os "bonzinhos" no intuito de se elegerem e participarem e comerem um pedaço do grande bolo, mas tudo isso já nós já acompanhamos há muito tempo. O que tem me incomodado são as ações de pessoas sem interesses aparentes, pessoas "comuns" apoiando atos contra a vida, transformando covardes em heróis, heróis sou eu, é você que acorda todos os dias e sai para trabalhar, nós que viramos noite após noite trabalhando e não desistimos, que lutamos sem vencer mas lutamos e lutamos, que temos diversas vezes nossos corações despedaçados e insistimos em buscar nossa felicidade, sem desistir, sem por um fim rápido a essa maravilha e desafiadora que é o ato de viver,mas em episódios recentes vejo conhecidos meus tratando um suicida como herói, hoje digo que este é apenas um ato egoísta, não sou contra, cada um decide o seu destino, o que sou contra é os que ficam tratarem este como herói, este que pensou apenas nele, podem me crucificar, mas vejo a depressão como um ato de extremo egoismo e mente fechada, cupa na cara dos que te fazem mal e receba socos, porradas sem medidas, mas jamais se ajoelhe. Outro episódio é um cara bater em sua namorada, e os amiguinhos ficarem o apoiando falando palavras de conforto, o que digo é :" CARA TU É UM BOSTA QUE BATE EM MULHER", não importa o que tenha acontecido, agressão física jamais deve ser perdoada,foi traído ou sabe-se la o que abandone, diga adeus, siga um novo caminho, mas agredir é apenas mais um ato de covardia, mas o mais impressionante é como o sujeito tem uma influência monetário fica rodeado de outros covardes dando apoio. Marcha da maconha, marcha pra jesus, milhares de pessoas, marcha contra a corrupção, nem mil pessoas. São tempos difíceis, sempre foram, tudo evolui, mas as ações humanas continuam medíocres. "O PROBLEMA É ÉTICO E EXIGE DECÊNCIA".

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Conciência

Tenho passado horas assistindo televisão e pendurado na net, afinal estou de férias e quebrado, ligo a tv para ver os jornais; os de noticias locais são apenas assassinatos sequestros e por ai vai, sempre violência, é muito relaxante ver isso na hora do almoço, já os que vejo mais a noite, são em geral, de noticias do Brasil e as tragédias e caos mundial. Na net vivo quase como um pirata, baixando livros, filmes e musicas e claro perdendo meu tempo em sites de relacionamentos. Todos criticam a pirataria, até compreendo todo o trabalho e gasto para se produzir livros discos e filmes, mas ninguém critica nem combate a exploração que se sofre no trabalho, mesmo que todos tenham consciência que recebem algo em torno de 5 % do que produzem, a outra parte é de quem me explora, da quantidade de impostos que pago para tudo, sem contar na grana que nossos políticos roubam, e a listagem das injustiças que sofremos certamente é e sempre foi imensa, e nas poucas coisas erradas que eu posso fazer, para não ser sempre o otário “eles” querem me dizer que estou errado; uma vez li em um livro de Pedro Juan, que que a cultura não deve ser comprada ela deve ser tomada, gosto dessa idéia. E afinal que mal havia nos piratas que saqueavam o ouro saqueado de nossas terras e gastavam tudo em suas vidas errantes?
Nesse verão de 2011, as manchetes são as tragédias ocorridas no Rio de Janeiro, um pensamento insiste em perturbar minha mente: 200 mortos, 389, 455, 500, eis que começam a fazer comparações com outras tragédias: que esta, está em 5º, sei lá, 6º lugar, e os números não param, já são 550, 600, subiu para 672, começo a pensar, poxa a gente vai atingir uma colocação de mais destaque nessa classificação de desastres naturais... e como se conversasse comigo mesmo, digo: que merda você esta pensando, o pessoal esta sofrendo: eu sei mas já são mais de 672 mortos, então mudo de canal, e novamente mais de 672 mortos...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Insônia

2/7
Perco as ideias ao pegar o papel, como um suspiro que se deixa escapar e nunca mais o tem. Terríveis palavras que circulam em minha cabeça, e que amanha não farão mais sentido como as cantigas que entoam os andarilhos urbanos em eternas noites de solidão, às margens das ruas.

24/7
Dividido entre a vontade e a escolha, não existe livre arbítrio, não escolhemos para nós, e sim para os outros, seguir a nossa vontade significa matar o ser comum, é ficar a mercê do julgamento alheio, ser o que se quer pode ser morrer para a sociedade.
Quando o amor seca, como uvas furadas por marimbondos, só a casca, a aparência murcha, sem conteúdo.
Os pensamentos contidos nas noites em claro, alimentados por cervejas ou não, o dia que dura até que se durma, o dia que não inicia até que o anterior morra.

30/07
Eu poderia me trancar em casa estudar, fazer uma pós, tentar um mestrado, passar em um concurso, me casar, comprar uma casa, plantar flores vermelhas no jardim, ter filhos, receber os irmãos nos feriados, só não poderia garantir que eu seria feliz.

Agosto
Como os jardins cobertos de mato; como as nuvens carregadas, passando rápido pelo céu, as raízes ricas em esperanças, nossa vida nossa vida explodindo em anseios.... nada demais, nada.

Setembro
No fundo do meu quintal em chamas, onde guardei toda nostalgia, ouço explosões e um forte cheiro de passado. Ele esta morto, o silencio chega a doer, agora só resta o agora, sem ontem sem amanhã, só agora, só o agora.

15/09
Cachorro foi feito para morder o vizinho, quando morde a gente é uma fatalidade.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

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Diga não e os fantasmas irão embora, deveria ser assim, mas nunca foi, mesmo não acreditando eu lutei, eu lutei e perdi, para onde vão aqueles que perdem, para casa?
Almoçamos e voltamos para casa, ainda havia amor, era aconchegante poder abraça-la, aquela pele suave ainda se conservava, ela me disse que estava um pouco reocupada com Fabrício, um amigo nosso, que ele tinha ido embora carregado na noite passada, ele, mais do que eu perdeu tudo o que tinha, estávamos vivos estranhamente vivos, e isso é o que importa após o grande vendaval levar tudo o que se tem, mas o que mais dói é saber que cada um cava sua cova com as própria mãos.
O sonho juvenil nos faz acreditar que podemos gritar mais alto do que o volume que nos convencionaram a usar, mas quando pecebemos, que nada funciona assim, nos vemos sem rumo, o mundo cobra caro pelos sonhos, por isso as vezes é melhor nao sonhar....
Moro no centro de Belo Horizonte, um apartamento de quinta categoria alugado, mas o chamo de casa, normalmente o chamam de kit-net, é o que o meu dinheiro consegue pagar, nao tenho tido muita sorte com os trampos, dou aulas de geografia para o estado, como um freelance, a grana é pouca mas tenho sobrevivido...

terça-feira, 24 de março de 2009

Já eram três da tarde acho que estávamos recompostos, se posso dizer assim, já não se parece mais domingo, eles costumavam ser mais especiais, um almoço especial e não essa comida de um buteco sujo no centro da cidade, saímos pra almoçar, ela estava bem, sentia-me contente por a ter, por poder pensar que não estava só, não trocamos muitas palavras durante o percurso, ela sabia que eu odiava quando ela passava dos limites, seus olhos azuis não brilham mais como brilhavam quando a conheci, eu podia ver o infinito, eu podia ver mais do que podia imaginar, eu costumava ter um toque sensível, ela ainda gosta de ouvir minha voz, com toda a suavidade que tem a chuva ao molhar o solo sedento, nós formulamos o infinito, e trouxemos a tona tudo que havíamos guardado no mais profundo interior de nós mesmos, mas quando o as noticias já não são boas nos escondemos como ratos, fugimos, onde pretendíamos chegar eu já nem sei, sempre amei historia, mas no fundo acho que pouco aprendi, como se sentir quando olhamos para trás e vemos todos nosso erros todo nossa ambição dançando, o passado as vezes parece tão recente, todas as construções uma dia caem, não existe revolução, será que algum dia os heróis se perguntaram o porque, porque lutar contra algo que não se pode vencer, fé? Provavelmente, mas fé é algo que perdi a muito tempo, você já se questionou o porque acreditar em algo que existe apenas se você quiser que exista?